Quanto mais o tempo passa, mais os pais valorizam a importância da osteopatia pediátrica para o desenvolvimento saudável do bebê. A principal razão para o crescimento da área é que o profissional especializado é capaz de diagnosticar as disfunções desencadeadas desde a gestação, fazendo uma relação com os sintomas avaliados e o diagnóstico encontrado.
A partir do momento em que o bebe é gerado, seu desenvolvimento está só começando e ele continua após o nascimento. Como os ossos do crânio de um recém-nascido são muito frágeis e situações como partos muito longos, difíceis, rápidos, com recurso a fórceps ou ventosas podem gerar alterações no desenvolvimento, é natural que os bebês apresentem alguns desequilíbrios na saúde.
A osteopatia pediátrica é o momento em que o profissional irá avaliar consequências físicas como compressões ou restrições no corpo e crânio do bebê que, se não forem corrigidas, podem gerar compensações e alterações mecânicas que persistem e apresentam-se através de diversas sintomatologias ao longo da vida.
O que é osteopatia pediátrica?
A osteopatia pediátrica é uma área da osteopatia em que o fisioterapeuta estuda a fundo sobre a saúde das crianças, incluindo as principais disfunções e sintomas dos bebês, como cólicas, refluxos e insônias, além de entender a melhor maneira de lidar, avaliar e tratar os pequenos.
A função do profissional especializado em osteopatia pediátrica é identificar todos os desequilíbrios físicos e emocionais do bebê, para entender como prosseguir com o tratamento. O atendimento é feito a partir de uma avaliação criteriosa, feita com toques muito sutis no corpo e crânio do bebê, onde o principal objetivo é reequilibrar os centros reguladores e tirar todas as tensões e restrições que podem gerar uma patologia a curto ou a longo prazo. O fisioterapeuta também é capacitado para orientar as pessoas que irão fazer parte do processo de criação da criança, afinal, todas têm influência significativa na saúde dela.
De acordo com o Dr. Rafael Corrêa, Docente EOM e profissional com uma vasta experiência em pediatria “A osteopatia favorece o bom e eficaz funcionamento do organismo permitindo, assim, que o corpo se recupere mais rapidamente de muitas condições que preocupam os pais.” O profissional ainda acrescentou que o tratamento osteopático é importante durante a vida inteira, do recém nascido até esse se tornar adulto.
Quais habilidades deve ter o profissional de osteopatia pediátrica?
As tensões no corpo de um bebê recém-nascido costumam despertar uma série de inquietações para os pais, sobretudo os de primeira viagem. Choro em excesso, dificuldade pra dormir, para sugar o peito enquanto mama, cólica, refluxo, são alguns dos sintomas que nem sempre têm um diagnóstico simples. É importante que o profissional tenha um olhar clínico muito apurado e uma sensibilidade para entender o que o bebê está expressando, uma vez que ele não sabe falar.
Nos primeiros anos de vida, a atuação conjunta do osteopata e do pediatra é de extrema importância, especialmente para diminuir ao máximo a utilização de medicamentos. Por isso, de acordo com o Dr. Rafael Corrêa, “o osteopata pediátrico deve ser competente teórica e tecnicamente; deve entender o bebê como parte do complexo familiar (principalmente em relação às mamães) e precisa permitir que o corpo do bebê lhe diga onde deve tratar.”
A osteopatia pediátrica é fundamental para reabilitar a saúde das crianças, principalmente dos recém-nascidos que apresentam sintomas que parecem não ter explicação. O tratamento também pode ser procurado pelos pais como uma medida de prevenção da saúde corporal, por isso, o fisioterapeuta osteopata deve estar preparado para entender o contexto e orientar o melhor tratamento.
*Fonte: EOM